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Pesquisador da Embrapa levanta informações no ES para elaboração do plano de trabalho sobre uso de resíduos de rochas ornamentais na agropecuária
21 de Março de 2019 . 15h10
Pesquisador da Embrapa levanta informações no ES para elaboração do plano de trabalho sobre uso de resíduos de rochas ornamentais na agropecuária
Como desdobramento do protocolo de intenções assinado entre o Sindirochas, Findes e Embrapa na abertura da Vitória Stone Fair 2019, em fevereiro, o pesquisador da Embrapa Cerrados (Planaltina - DF), Eder Martins, esteve no Espírito Santo nos dias 18 e 19 de março para conhecer o processo produtivo e a geração de resíduos das empresas do setor de rochas. O documento, assinado entre as instituições, prevê o desenvolvimento de pesquisas e tecnologias que permitam o aproveitamento de resíduos de rochas ornamentais na agropecuária.

Durante a visita, o pesquisador observou as várias fases do beneficiamento e a geração dos resíduos nos diferentes processos produtivos e das diferentes rochas. Foram visitadas as empresas Andrade Group, Granito Zucchi, Destak Stone e Brasigran, localizadas na Grande Vitória. Ele também visitou uma área em Colatina onde já estão são sendo realizados testes de utilização dos resíduos em diversas culturas. Os experimentos são coordenados pelo Professor da UFES, Mindszenty José Garozi com apoio da Marbrasa e Imetame. Lá são cultivados produtos como café, eucalipto, banana, pepino, mandioca, abacaxi, entre outros; além da produção de mudas em viveiro e casa de vegetação. Representantes das empresas apoiadoras, do Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (IEMA) e da Secretaria de Meio Ambiente de Colatina acompanharam a visita.

Após as visitas, a próxima etapa será a elaboração do plano de trabalho detalhando as fases do projeto, o cronograma e os recursos necessários para concluir a pesquisa. O objetivo é provar a viabilidade ambiental, agronômica e econômica da utilização dos resíduos do beneficiamento de rochas ornamentais como insumo agrícola. Segundo a Embrapa, um dos pontos positivos é a grande quantidade de nutrientes encontrados nos resíduos de rochas e o volume expressivo para utilização na agricultura, diferentemente de outras alternativas para a utilização do mesmo, como na fabricação de blocos ou em cerâmica vermelha, que apesar de serem excelentes oportunidades de utilização, consomem pouca quantidade. “Queremos provar que os resíduos de rochas podem, e devem, ser usados na agriculta e alterar o senso comum de que são prejudiciais ao meio ambiente. Com esses dados em mãos, vamos pedir os ajustes na legislação vigente”, explica o engenheiro agrônomo e assessor institucional do Sindirochas, Rogério Ribeiro.

Protocolo de Intenções
O documento foi assinado pela Embrapa, Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes) e Sindicato da Indústria de Rochas Ornamentais, Cal e Calcários do Espírito Santo (Sindirochas), em fevereiro, para o desenvolvimento de pesquisas e tecnologias que permitem o aproveitamento de resíduos de rochas ornamentais na agropecuária. O projeto conta ainda com a parceria e apoio da Abirochas e do Cetemag.