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Webinar com setor mineral debate infraestrutura e logística
21 de Outubro de 2020 . 13h34
Webinar com setor mineral debate infraestrutura e logística
O presidente do Sindirochas, Tales Machado, participou nesta terça-feira, 20 de outubro, do webinar Diálogos com o Setor Mineral que debateu a infraestrutura e logística nos arranjos produtivos locais (APL) de base mineral. O assunto foi escolhido pelo Comitê Temático Rede APL Mineral, organizador do evento, na expectativa de entender melhor as necessidades do setor.

Participaram também o vice-presidente executivo do Instituto Brasil Logística, Tiago Lima Vipre, o professor Otacílio Oziel de Carvalho, representante da Associação Nacional da Indústria Cerâmica (Anicer), e Paulo Nielsen, executivo da Trust Trading Company.

Em sua abordagem, Tales Machado falou sobre a infraestrutura logística no arranjo produtivo de rochas ornamentais do Espírito Santo. O setor, que tem concentração no transporte de cargas por meio rodoviário, movimenta cargas de norte a sul do Estado. “São realizadas cerca de 1.400 viagens/dia de veículos transportando rochas ornamentais no Espírito Santo, contemplando aí transporte chapas e blocos.”, apontou. As vias utilizadas vão desde os polos produtores ao beneficiamento, transporte entre empresas, para o porto e para outros estados. “Para cada metro quadrado de rocha ornamental que vai para exportação, três metros quadrados ficam no mercado interno. É um volume muito grande de materiais.”, reforçou.

O Espírito Santo possui destaque no segmento de rochas ornamentais por ser o maior estado produtor e o principal exportador de chapas e blocos do Brasil, detendo o maior parque de beneficiamento e o maior polo produtor para o segmento, respondendo por cerca de 82% do faturamento das exportações brasileiras de rochas e 40% da produção nacional, em toneladas. Atualmente, a maior parte das exportações do Espírito Santos acontecem através do Porto de Santos, que recebe os materiais por meio de cabotagem. “Até 2013, o Porto de Vitória concentrava a maior parte das exportações capixabas, mas houve uma inversão quando o Estado passou a não ter mais embarque de longo curso. O setor de rochas passou a enviar seus materiais, via cabotagem, para o Porto de Santos. Isso afetou sensivelmente a competitividade do setor de rochas gerando maior tempo nas viagens e maior custo”, pontuou e lembrou que o segmento tem boas expectativas com a inauguração dos portos privados que estão em andamento. “Temos acompanhado bem de perto e estamos bastante otimistas com os futuros portos, o Porto Central e Imetame, além da alternativa que se apresenta no Rio de Janeiro, que é o Porto de Açu”, finalizou.

O evento contou com mediação de Roosevelt Tomé Silva Filho. Clique aqui e reveja o webinar.